Tem sido comum nos últimos anos, sondas espacias visitarem planetas e asteróides. Marte tem sido vasculhada à décadas, por satélites em sua órbita e robôs na sua superfície.
Um
novo robo, Mars Perseverance Rover, deve chegar em 18 de fevereiro no
planeta vermelho equipado com instrumentos para, entre outras coisas,
procurar por sinais de vida.
Recentemente 3 corpos menores
também foram visitados, Em novembro de 2014 a sonda espacial
Rosetta, da Agência Aeroespacial Européia, lançou a sonda Philae
com objetivo pousar no cometa 67P/Churyumov–Gerasimenko e estudar a
superficie de um cometa pela primeira vez.
A
missão foi bem sucedida em parte apenas. Philae acabou quicando na
superfície do cometa e foi parar numa área pouco iluminada. Isso
comprometeu o carregamento de suas baterias pelos painéis solares.
Mesmo assim informações importantes foram enviadas da superfìcie
de um cometa pela primeira vez.
O Japão foi o primeiro pais a
coletar amostras de um asteroide com sucesso. Em fevereiro de 2019 a
sonda Hayabusa 2 coletou amostras do asteroide Ryugu. Em 6 de
dezembro deste ano as amostras devem fazer sua reentrada na
atmosfera, protegidas por um receptáculo especial, e pousar no
deserto de Woomera na Australia.
Os americanos, em outubro
passado, também coletaram amostras do asteróide Bennu. Numa manobra
extremamente bem sucedida quase meio quilo de amostras foram
coletadas pela sonda OSIRIS-Rex e também já estão a caminho da
Terra.
Uma missão está sendo preparada por um equipe
internacional para visitar outro corpo celeste: o meteorito 16
Psique. 16 Psique é um dos mais densos corpos celestes de nosso
sistema solar. Acredita-se que ele seja o que sobrou do núcleo de um
planeta que não vingou. Provavelmente feito de ferro, níquel e
ouro, o valor estimado de seus minerais é de 10 mil quatrilhões de
dólares. Dinheiro suficiente para fazer cada habitante de nosso
planeta multimilionário.
Mas uma coisa estas missões todas
tem em comum. O longo tempo de preparação das missões e o tempo
que ficam em ajuste uma vez que chegam a seus destinos, seja
estudando um local de pouso, seja calibrando instrumentos para
iniciarem as medições.
Interessantemente este não é o caso
da sonda chinesa Chang'e-5 que pousou na lua no dia 01 de dezembro de
2020. Tendo o sol como única fonte de energia, ela precisa executar
sua missão rapidamente porque em 15 dias o local onde ela está será
noite, e assim permanecerá por muito tempo.
Dois dias após
pousar com sucesso na superficie da lua, seus braços mecânicos já
estão escavando a superfície lunar. Ela fará um buraco de quase
dois metros, para, pela primeira vez, trazer amostras do subsolo de
um corpo celeste.
Alias, neste momento Chang'e-4, outro robô
chineses, está vasculhando a superfície do lado oculto da lua em
busca de conhecimento científico.
Se de um lado estas missões
trarão grande conhecimento científico, por outro lado elas também
trazem conhecimento de base para futuras explorações comercias,
como a mineração, destes corpos.
O primeiro milionário se
ergueu com a industria do petróleo, o primeiro bilionário se ergueu
com a industria da informação. Acredita-se que o primeiro
trilionário se erguerá com a industria espacial.
Não se
trata apenas de ciência. Países como Japão, EUA e China estão na
frente deste novo mercado que vai muito além de colocar satélites
na órbita.
Foto: CNSA